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Veja 4 motivos para apostar no Tesouro Direto

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*André Massaro

A Caderneta de Poupança continua sendo o investimento mais popular do Brasil. É uma preferência muito mais emocional, afinal, somos “doutrinados” a associar a Caderneta de Poupança com “segurança” do que com técnica ou lógica. O fato é que a Poupança é um investimento de baixa rentabilidade e não é, nem de longe, a aplicação mais segura disponível no mercado financeiro.

De uma forma geral, o Tesouro Direto não é o investimento que os bancos mais gostam de promover. A remuneração é baixa para o banco se compararmos com outros produtos – como fundos de investimento e previdência privada – e há, sabidamente, uma enorme pressão sobre gerentes de bancos para cumprirem as metas de vendas dos demais produtos.

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Enfim, não há muito incentivo para a promoção do Tesouro Direto, por isso muitos gerentes não falam nele. Só vão falar se você perguntar. Em um cenário ainda pior, às vezes falam dando informações incorretas, depreciando o Tesouro Direto – já vi isso acontecer mais de uma vez.

Sendo assim, seguem algumas informações que você precisa saber sobre o Tesouro Direto e que, provavelmente, seu gerente não vai te contar:

– O mais seguro

Os títulos negociados no Tesouro Direto são os investimentos mais seguros do Brasil. Eles são garantidos, sem limite de valor, por aval do Tesouro Nacional. Essa garantia é muito mais forte do que o Fundo Garantidor de Créditos, que garante depósitos bancários e é limitado a R$ 250 mil.

– Boa rentabilidade

A despeito de serem os investimentos mais seguros do Brasil, os títulos do Tesouro Direto frequentemente oferecem remuneração maior do que títulos equivalentes, porém menos seguros, oferecidos por bancos.

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– Boa liquidez (mas poderia ser melhor)

Qualquer título do Tesouro Direto pode ser liquidado a qualquer dia, inclusive em feriados e fins de semana. O nome técnico para essa liquidação é “recompra”, e não “resgate”.

Porém, a liquidação ocorre em um dia – ou, no jargão do mercado financeiro: “D+1”. Diferentemente da Caderneta de Poupança ou, por exemplo, um CDB de liquidez diária, que podem ser resgatados e ficam disponíveis no mesmo dia. É uma desvantagem do Tesouro Direto em relação aos títulos bancários, mas a liquidez ainda assim pode ser considerada muito boa.

 – Baixos custos

No Tesouro Direto, o investidor arca com dois custos (além dos impostos, que afetam todos os investimentos de renda fixa): a taxa de custódia e a taxa de administração. A taxa de custódia é paga para a bolsa de valores – que opera o sistema do Tesouro Direto – e é fixa. Já a taxa de administração varia conforme a instituição financeira, sendo que algumas delas não cobram de taxa de administração como um artifício para atrair investidores.

Mesmo quando a taxa de administração existe, ainda assim ela costuma ser significativamente mais baixa do que a praticada, por exemplo, pelos fundos de investimento.

Enfim, se você se interessa pelo Tesouro Direto, procure sempre se informar em fontes mais isentas e desprovidas de conflitos de interesse. Gerentes de banco são, em geral, profissionais sérios, íntegros e capacitados, mas não se deve perder de perspectiva que quem paga o salário do gerente é o banco, e não o cliente. Por isso, não espere que ele trabalhe para você!

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*Um dos maiores especialistas em finanças e investimentos do Brasil, André Massaro é criador do curso “Investidor em Renda Fixa”, voltado para investidores iniciantes e intermediários que querem entender mais sobre renda fixa e melhorar as suas aplicações.

Fotos: Shutterstock

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